quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Merleau-Ponty e a “liga da esperança abandonada”

 
por István Mészáros
 
I

Em comparação com o firme conservadorismo liberal de Raymond Aron, no caso de Merleau-Ponty testemunhamos uma transformação muito estranha durante o passar dos anos. Logo depois da Segunda Guerra, sua “visão de mundo” era extremamente diferente da postura conservadora de Aron. Como amigo de Sartre e talvez seu mais íntimo colaborador na época — um dos cofundadores de Les Temps Modernes e seu editor político até a ruptura pública entre eles —, Merleau-Ponty se identificava com as causas de esquerda e em várias ocasiões defendeu vigorosamente posições marxisants”, se não totalmente marxistas. Neste sentido, a trajetória de seu desenvolvimento intelectual foi reveladora. No início da década de 1950 — isto é, nos anos de consolidação da perspectiva atlanticista, que tinha o apoio material e político-ideológico de uma ampla variedade de instituições poderosas, desde a OTAN até a iniciante CEE, já mencionadas —, sua posição já era praticamente idêntica à de Aron. Assim, em 1954, quando escreveu As aventuras da dialética — no mesmo ano em que Aron escreveu o livro que estabeleceu sua fama mundial, O ópio dos intelectuais —, eles compartilhavam não apenas o mesmo herói intelectual, Max Weber (que figurava com destaque em ambas as obras), mas também uma abordagem completamente cética e conservadora das grandes questões sociais do mundo contemporâneo.

Para compreender a natureza e a magnitude da metamorfose ideológica de Merleau-Ponty, temos de lembrar que, em julho de 1948 — em uma polêmica contra o americano C. L. Sulzberger, correspondente especial de The New York Times —, ele ainda citava , com ampla aprovação, a condenação, pela Quarta Internacional, de Burnham, Eastman, Sidney Hook, Schachtman, Victor Serge e Souvarine, considerados “intelectuais em eclipse que pertenciam à “liga da esperança abandonada e constituíam uma fraternidade de renegados.[1] Ao mesmo tempo, criticava veementemente o principal conselheiro do general De Gaulle, o ex-comunista André Malraux, pela entrevista que deu a Sulzberger e por um artigo que culminava com a declaração de que a garantia da liberdade é a força do Estado a serviço de todos os seus cidadãos.[2] Merleau-Ponty replicou com indisfarçável ironia:
Esta ambiguidade de intenções que oscila entre a liberdade criativa e a força do Estado corresponde à de um movimento que reúne uma bando de ex-comunistas (no comando) e militantes que, como mostram as eleições, são em sua maior parte conservadores. Cedendo à paixão de fazer algo a qualquer preço, Mauraux consente em ver seu movimento apenas através de seu próprio passado; ele imagina que continua o mesmo, que seu gaullismo de hoje é seu trotskismo de ontem. (Aqui cabe uma pergunta: se Trotski tivesse vencido Stalin, será que o general De Gaulle também teria sido um trotskista?) Estamos bem no meio de um delírio individual. Mas neste exata momento, e na justa medida em que cede à vertigem do ego, Malraux deixa de representar uma causa política e se deixa levar pela onda de que fala Sulzberger.[3] Através da complacência para consigo mesmo, ele se torna uma coisa e um instrumento.[4]
Na ocasião em que o general foi reconduzido ao poder pela direita francesa, em 1958, a ironia para com ele e seu movimento tinha sido substituída pelas palavras de Merleau-Ponty, pronunciadas em uma entrevista, de que “seria muito difícil roubar o respeito que tenho pelo general De Gaulle”.[5] Na mesma entrevista, Merleau-Ponty se queixou de que estamos vivendo dos restos do pensamento do século XVIII, e ele tem de ser reconstruído de cima a baixo.[6] E o sentido da reconstrução que defendia em meio a uma crise política extrema era uma reminiscência da conversa de Weber com o protofascista general Ludendorff sobre a democracia. Segundo Merleau-Ponty:
Cinquenta anos atrás, Alain ainda podia definir a república pelo sistema de controle mútuo e pela permanente polêmica do cidadão contra aqueles que estavam no poder. Mas o que significa o sistema do controle mútuo quando não há mais qualquer ação para ser controlada? A única tarefa, tanto em 1900 como há dois séculos, era organizar a crítica. Atualmente é necessário, sem renunciar à crítica, reorganizar o poder. Muitas coisas estúpidas são ditas contra o poder pessoal ou o poder forte; é a genuína força e personalidade que aqueles que estavam no poder durante a Quarta República não possuíam. [...] Não há liberdade na submissão a cada pequena mudança de opinião. Como disse Hegel, a liberdade requer algo substancial; requer um Estado, que a sustente e ao qual ela dá vida.[7]
Ironicamente, portanto, a política autoquestionadora do entendimento de Weber (em nome da qual ele criticou Alain em As aventuras da dialética) se transformou na defesa de um Estado forte, com não poucos traços de bonapartismo. Malraux tinha sido censurado em 1948 por uma ambiguidade de intenções quanto à possibilidade de um Estado tão forte. Em 1958, a preocupação com essa questão desaparecera, pois Merleau-Ponty, sem ambiguidade, adotou a posição à qual havia se oposto tão convincentemente alguns anos antes.
 
II

Com isso, chegou ao fim a longa e tortuosa jornada de Merleau-Ponty, desde a proximidade em relação ao marxismo até uma identificação sem reservas com a dimensão mais problemática, na verdade mais reacionária, do sistema hegeliano, sob o signo da coruja de Minerva [que] só estende suas asas ao cair da noite”.[8] Naturalmente, Merleau-Ponty não poderia simplesmente se tornar um militante gaullista. Sua formação intelectual e alguns dos seus compromissos ideológicos de seu passado, aos quais permanece fiel, a despeito das grandes mudanças ocorridas em outros aspectos desde o início da década de 1950, não lhe permitiram dar esse passo. Em todo caso, quando De Gaulle retornou ao poder, Merleau-Ponty havia perdido todo o interesse em um envolvimento ativo na política. Por isso, sua jornada teve de terminar em resignação. Não surpreende, pois, que as palavras finais de sua entrevista tenham levantado uma questão um tanto desesperada para a qual, ele não esperava uma resposta. Foram estas as suas palavras: Os comandantes profetizam; os professores apontam seus lápis. Onde estão os conselheiros do povo? Será que eles não têm nada a no oferecer além de seus lamentos.[9]

Em 1948, Merleau-Ponty acrescentou os nomes de Malraux, Koestler e Thierry Maulnier à liga da esperança abandonada e dos intelectuais do eclipse, acusando-os de terem concordado com o caos, ao mesmo tempo em que rejeitava o que chamava de manobras do americanismo.[10] Mesmo em 1950, em uma aguda crítica a intelectuais norte-americanos que já tinham sido de esquerda, ainda insistia que as revelações sobre os campos de trabalho forçado stalinistas não deviam levar os indivíduos a se afastarem de uma perspectiva socialista de inspiração marxiana, uma perspectiva global e não baseada na engenharia social”:
 
Juntamente com o stalinismo e o trotskismo, eles [os intelectuais em questão] renunciaram a todo tipo de crítica marxista, a todo tipo de temperamento radical. A exploração através do mundo aparece-lhes apenas como problemas dispersos que devem ser examinados e resolvidos um por um. Não possuem mais quaisquer ideias políticas. Quanto aos Estados Unidos, dizem seriamente: nós não temos luta de classes aqui”, esquecendo-se de cinquenta anos ou mais da história americana. Participar da prosperidade norte-americana”, foram estas as palavras de ao menos um deles. Assentados, como se estivessem no eixo do mundo, na prosperidade norte-americana — que havia sofrido muitos choques e, a julgar pelo declínio das políticas e projetos do Plano Marshall para o reequilíbrio do mundo, está em via de sofrer outros —, querem fazer dela um absoluto. E quando lhes explicamos que estão em via de sacrificar toda avaliação política a este fato incerto, e que, em última análise, o reconhecimento do homem pelo homem e a sociedade sem classes são menos vagos como princípios de uma política mundial do que a prosperidade norte-americana, e que a missão histórica do proletariado é uma ideia mais precisa do que a missão histórica dos Estados Unidos, eles nos dizem, como Sidney Hook declarou na Partisan Review, que é urgente enviar à França alguns mestres do pensamento de seu calibre.[11]

Baseado nestas considerações, Merleau-Ponty advertiu — com palavras de apaixonado comprometimento — os seguidores europeus de tais estratégias ideológico-políticas que eles poderiam, como tantos intelectuais norte-americanos que deixaram tudo para trás, terminar em um nada político”, desafiando-os a declarar sua posição relativa à condenação ou aceitação de compromissos com a opressão colonial e social”.[12]

Ironicamente, poucos anos mais tarde, a ideia de Sidney Hook, tratada com sarcasmo por Merleau-Ponty, foi institucionalmente implementada na Europa com o “Congresso para a Liberdade Cultural” e de seus periódicos “pós-ideológicos” patrocinados pela CIA, e o antigo flagelo da “liga da esperança perdida” se tornou um dos heróis intelectuais desta nova cruzada contra o “socialismo antiquado” e contra o marxismo. Na segunda metade da década de 1950, a antiga rejeição de Merleau-Ponty pelos compromissos com a opressão colonial deu lugar à crítica aos intelectuais radicais — os progressistas” de Aron — pelo que ele chamava de fracasso moral”,[13] pois eles não consideram qualquer compromisso na política colonial”.[14] Do mesmo modo, a defesa da crítica marxista e do temperamento radical” foi substituída pela rejeição da filosofia marxista da história”, dentro do mesmo espírito da ridícula teoria da modernização” de Walt Rostow. Assim, trocando Marx por uma visão idêntica à da mais grosseira apologia da dominação global norte-americana, Merleau-Ponty declarava que, mesmo que todos os países coloniais recém-independentes acabassem se militarizando e estabelecendo uma espécie de comunismo, isto não significaria que a filosofia marxista da história é verdadeira, mas que um regime autoritário e não-burguês é o único resultado possível quando a independência política precede a maturidade econômica”.[15] Igualmente, a perspectiva de uma sociedade sem classes”, que é a missão histórica do proletariado”, foi abandonada por Merleau-Ponty com a desculpa de que a própria ideia de um poder proletário se tornou problemática”.[16] Assim, restou muito pouco dos antigos compromissos políticos de Merleau-Ponty — o intelectual que um dia denunciou apaixonadamente todos aqueles intelectuais em eclipse” que deixaram de ser de esquerda — depois que ele chegou à conclusão resignada de seu próprio eclipse ideológico.

III

Talvez as retratações mais óbvias e mais importantes de Merleau-Ponty — por suas implicações para as práticas repressivas e exploradoras do Estado e das classes dominantes, assim como por tudo o que nos dizem sobre a articulação da visão de mundo” que o intelectual francês acrescenta em apoio a elas — estejam ligadas à sua atitude em relação aos antigos territórios coloniais. No imediato pós-guerra, ele não hesitou em condenar Fraçois Mauriac nos termos mais mordazes, qualificando sua abordagem como simplesmente escandalosa”.[17] Naquela ocasião, mais uma vez, Merleau-Ponty utilizou com grande eficácia a arma da ironia, dizendo que Mauriac repudia o colonialismo ‘como era praticado no século XIX’ (como se tivesse tanto desde então)”,[18] e identificou-se com um vietnamita que descreveu a hipócrita divisão do trabalho” nos sistemas coloniais, entre os colonialistas” e os administradores, escritores e jornalistas”, com algumas palavras: Os primeiros agem, os outros falam e são a garantia moral dos primeiros. Desse modo, os princípios são salvos — e a colonização permanece de fato exatamente o que sempre foi”.[19] Em contraste, na entrevista de 1958, ele descreveu o investimento público francês nos países ao sul do Saara, no período 1946-56, como um Plano Marshall africano”,[20] insistindo em que não podemos mais dizer que o sistema é feito para a exploração; não mais existe, como se costumava chamar, nenhuma 'colônia de exploração'”.[21]

Seguindo tais premissas para a análise da questão do tipo de política a ser adotada quanto aos desenvolvimentos futuros, Merleau-Ponty produziu um argumento inacreditável para negar a independência às colônias, em nome da salvaguarda da paz mundial:
 
Não quero que a Argélia, a África negra e Madagascar se tornem países independentes imediatamente; porque a independência política, que não resolve os problemas do desenvolvimento acelerado, daria a eles os meios para uma agitação permanente em escala mundial, e agravaria a tensão entre a União Soviética e os Estados Unidos, e nenhum deles é capaz de encontrar a solução para os problemas do subdesenvolvimento enquanto persistirem em sua corrida armamentista.[22]

O caráter abertamente apologético desta racionalização dos interesses coloniais, que só não era transparente para o próprio Merleau-Ponty, fez-se ainda mais óbvio na frase seguinte, em que se envolveu em uma dupla contradição. Primeira, quando — depois de insistir em que a política por si só não poderia resolver os problemas urgentes do desenvolvimento socioeconômico — defendeu, em vez da concessão da independência das colônias, a permissão de uma autonomia interna limitada e dos meios de expressão política, de modo que suas questões [isto é, as questões dos povos coloniais] possam se tornar realmente deles, e seus representantes possam obter da França o máximo que ela possa conceder no sentido de uma 'economia distributiva'”.[23] (Em outras palavras, desde que a política como tal — mesmo a política de independência plena — não poderia trazer o desenvolvimento necessário, vamos dar apenas uma política que seja um pouco autônoma internamente”, cuidadosamente controlada por nós e vinculada a alguma distribuição” econômica, e isto deve ser suficiente e adequado para resolver a questão.) E, segunda, quando teve de admitir que as dificuldades são evidentes[24] quanto às possibilidades de sucesso da política que ele defendia. Não surpreende, portanto, que Merleau-Ponty tenha tentado escapar dessa dupla contradição idealizando uma ordem colonial esclarecida” (que não parecia muito diferente do fardo do homem branco”). A esse respeito, mais uma vez, o contraste com sua posição anterior era realmente notável. Como já vimos, em sua polêmica com Mauriac ele se posicionou do lado do vietnamita que expressava sua condenação do papel racionalizador dos administradores, escritores e jornalistas”. Desta vez, Merleau-Ponty inverteu as posições e tomou lado dos franceses, isto é, os administradores”:
 
Um deles me disse: Estamos lhes ensinando a não precisar de nós”. Ele estava certo é, na verdade, a missão dos administradores franceses em um regime internamente autônomo.[25]

Como isto era convincente. Assim como a afirmação de que
 
400 mil trabalhadores argelinos estão trabalhando na França e alimentando dois milhões de argelinos na própria Argélia [...] confirmando o fato de que esta relação entre a Argélia e a França [em 1958!] nada tem a ver com o colonialismo.[26]

Em defesa da ordem estabelecida era muito pior do que o antes tão enfaticamente condenado compromisso com a opressão colonial e social”, pois representava uma tentativa de perpetuar a opressão colonial e social pretendendo que elas não mais existiam. No final, defendendo com seriedade uma posição que tentava resolver os problemas debatidos dizendo que eles não existiam”, juntamente com as contradições sociais fundamentais às quais se referiam, Merleau-Ponty parece não ter percebido o significado irônico de sua própria trajetória pessoal. Ou seja, que em última análise”, a missão histórica do proletariado é uma ideia mais precisa do que a missão histórica não apenas dos Estados Unidos, mas também — e até mais — dos administradores coloniais esclarecidos, não importa a que país eles devam fidelidade.

Mas as declarações mais reveladoras da entrevista de Merleau-Ponty em 1958 vieram no fim, quando ele falou sobre o motivo de sua oposição à retirada da França da África. Inicialmente, ele apresentou uma racionalização moralizadora — que ele menosprezava em suas polêmicas contra Mauriac e outros nos anos imediatos do pós-guerra —, dizendo: porque acho que ela foi capaz e ainda é de fazer algo de bom lá”. E acrescentou imediatamente — no espírito das raças dominantes chamadas a intervir no curso dos desenvolvimentos globais” de Weber: porque eu prefiro fazer parte de um país que realize algo na história do que um país que se submeta a ela”.[27]

Ora, quais eram os países que se submetiam à história” (não aos exércitos das grandes potências, aos invasores imperialistas e aos exploradores coloniais)? Naturalmente, os países pequenos e os povos coloniais. E quais eram os países que realizavam algo na história”? Obviamente, as potências dominantes; os Estados nacionais de primeira classe” de Aron; aqueles que podiam fabricar armas” necessárias para impor sua vontade aos outros; os poderosos que não hesitam por um momento em usar suas armas e os demais métodos brutais necessários para impor às nações menores seus interesses. A magnitude da opressão inseparável do realizar algo na história” de Merleau-Ponty foi considerada irrelevante, visto que ele declarou categoricamente, na mesma página, em uma aberta justificação das relações de poder estabelecidas (de acordo com a máxima de Hegel: O que é racional é real e o que é real é racional”);[28] Eu não posso considerar este encontro [colonial] um mal. De qualquer modo, é algo estabelecido”.

Depois disso, não chega a ser surpreendente a resposta de Merleau-Ponty à sugestão: O senhor parece acreditar que nossos valores, os valores das civilizações ocidentais, são superiores àqueles dos países subdesenvolvidos”. Ele concordou, dizendo que eram superiores no que se refere a seu valor histórico”.[29] E isso completou a reversão radical da posição anterior de Merleau-Ponty em relação a todas as questões importantes.

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Notas:
[1] Merleau-Ponty, Paranoid Politics”, Signs, Northwestern University Press, 1964, p. 250.
[2] Ibid., p. 252.
[3] Na entrevista de Sulzberger citada por Merleau-Ponty, Malraux afirmou que se Leon Trotski tivesse ganho a batalha dentro partido contra Joseph Stalin, ele próprio seria hoje um comunista trotskista” (p. 247). As referências irônicas de Merleau-Ponty às implicações dessas afirmações para o general De Gaulle e seu movimento tinham como objetivo desmistificar a tentativa de dar uma aparência de preocupação de esquerda a um movimento fundamentalmente conservador. A onda” mencionada por Merleau-Ponty se refere ao desenvolvimento das frentes anticomunistas na Europa”, utilizando o plano Marshall e os conselheiros estadunidenses para cooptar os trabalhadores”, enquanto o socialismo incluindo-se até o socialismo ocidentalera mantido fora das novas federações e alianças trabalhistas. (Citações do artigo de Sulzberger.)
[4] Merleau-Ponty, Paranoid Politics”, p. 252.
[5] Merleau-Ponty, Tomorrow...”, uma entrevista concedida em julho de 1958, Signs, p. 349.
[6] Ibid., p. 348.
[7] Ibid., p. 348-9.
[8] Hegel, The Philosophy of Right, Oxford, Clarendon Press, 1942, p. 13.
[9] Merleau-Ponty, Tomorrow...”, p. 350.
[10] Merleau-Ponty,Paranoid Politics”, p. 260.
[11] Merleau-Ponty,The USRR and the Camps”, Signs, p. 269-70.
[12] Ibid., p. 272.
[13] Sua rebelião contra nós não é intelectual, pois eles adoram conversar à moda francesa e o fazem admiravelmente; é totalmente emocional e moral”. Ao ler frases como esta, escritas por um intelectual da estatura de Merleau-Ponty, é difícil saber se o melhor é rir ou chorar. On Madagascar”, entrevista de Merleau-Ponty baseada em sua estada em Madagascar em outubro-novembro de 1957, publicada em L'Express, não em 3 de julho, como originalmente se pretendia, ma em 21 de agosto de 1958; Signs, p. 331.
[14] Ibid., p. 329.
[15] Ibid., p. 331.
[16] Ibid., p. 329.
[17] Merleau-Ponty, On Indo-China”, Signs, p. 324.
[18] Ibid., p. 325.
[19] Ibid.
[20] Merleau-Ponty, On Madagascar”, Signs, p. 332.
[21] Ibid., p. 333.
[22] Ibid., p. 334-5.
[23] Ibid., p. 335.
[24] Ibid.
[25] Ibid.
[26] Ibid., p. 332.
[27] Ibid., p. 336.
[28] Hegel, Philosophy of Right, p. 10.
[29] Merleau-Ponty, On Madagascar”, Signs, p. 336.
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MÉSZÁROS, I. O poder da ideologia. Trad. Magda Lopes e Paulo Cezar Castanheira. São Paulo: Boitempo, 2004, p. 225-232.
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